Os técnico-administrativos da UFMA realizaram na manhã desta quarta-feira, 24, na Praça Deodoro, Centro Comercial de São Luís, um grande Ato Unificado com professores da universidade, técnicos dos Institutos Federais Monte Castelo e Maracanã, além dos professores da Rede Pública Municipal da Capital (Sindeducação). O evento recebeu apoio de Centrais Sindicais, partidos políticos de centro e esquerda, organizações comunitárias e grupos folclóricos da Grande Ilha.
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Logo nas primeiras horas da manhã, sob a batucada do grupo de Bumba Meu Boi “Fruto da Raça Show”, os trabalhadores e trabalhadoras entoavam palavras de ordem em carro de som. Além de distribuir material informativo com as pautas reivindicatórias da Educação Pública no Estado, convidavam a população para tomar café e conhecer mais da luta dos trabalhadores, em especial, dos técnicos e professores, que atualmente estão em greve.
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“É um momento de unidade, que amplifica positivamente a nossa luta perante a sociedade”, dessa forma o presidente do SINTEMA e membro do Comando Local de Greve, Mariano Azevedo, avaliou o ato.
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O professor Cláudio, do Comando de Greve dos Professores da UFMA, pontuou todo o período de defasagem salarial da categoria, que engloba os governos Temer e Bolsonaro, e lembrou que ano passado, primeiro ano do Governo Lula, os servidores públicos tiveram uma pequena correção dessa defasagem, mas que em 2024 o governo não acena com qualquer reposição. “Além disso, lutamos pela reposição do orçamento das universidades, como é o caso da UFMA, que está operando no limite, sem caixa para o 2º Semestre Letivo”, declarou.
A professora Sueli, do IFMA Monte Castelo, informou que o ato serviu para fortalecer o movimento grevista nos IFMA´s, e que a luta pela recomposição salarial, reestruturação da Carreira, e revogação dos normativos dos governos anteriores, deve ser ampliada até a vitória.
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Para Sheila Bordalo, presidente do Sindeducação, a luta unificada fortalece os trabalhadores e trabalhadoras, e que os profissionais da Rede Pública Municipal também enfrentam graves problemas. “Dentre outras pautas importantes, faltam profissionais nas escolas, por isso a nossa luta para que a Prefeitura faça concurso público, e no âmbito estrutural, falta desde o acolhimento adequado na Educação Especial, até a climatização das escolas”, frisou, complementando que algumas unidades escolares até têm aparelhos de ar condicionado, mas não funcionam por falta de manutenção ou montagem.
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O presidente da CTB Maranhão, Joel Nascimento, conclamou os trabalhadores e trabalhadoras a se manterem firmes na luta, e prestou o apoio da Central Sindical às categorias em greve. “A CTB está presente e ao lado dessa luta, que é digna, justa, e merece toda a atenção do governo, pois Educação Pública não é gasto, mas sim, investimento no futuro desse país”, afirmou o sindicalista.
O movimento também ganhou apoio e participação de estudantes. Maria Nina, Centro Acadêmico de Artes Visuais da UFMA, disse que a luta é uma só, em defesa da Educação Pública, da UFMA, da Assistência Estudantil, e é claro, “dos profissionais que fazem a universidade acontecer”. “Nosso total apoio às causas dos técnicos e professores, que se doam diariamente para a construção do ensino, pesquisa e extensão, por isso, merecem um salário digno, e todas as suas demandas atendidas”, afirmou.
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Imprensa Sintema