Plenária Nacional discute a decisão da base sobre o indicativo de greve e o CONFASUBRA



A Plenária Nacional da FASUBRA Sindical começou na manhã de sábado, 21, no Hotel Golden Park Rio, na cidade do Rio de Janeiro. Cerca de 183 delegados das entidades de base filiadas à Federação participam do evento.

 

Os coordenadores Antônio Alves (representando Rogério Marzola), Leia Oliveira e Gibran Jordão abriram a plenária com uma consulta aos delegados de base, sobre a deliberação nas assembleias, referente ao indicativo de greve para o dia 23 de outubro. O resultado anunciado até o momento é que, a maioria das entidades não aprovaram o indicativo e as demais aprovaram estado de greve. A decisão final será nesta tarde, 22, após votação dos delegados de base presentes.

 

Os coordenadores agradeceram as contribuições das entidades de base, destinadas aos trabalhadores técnico-administrativos em educação arbitrariamente demitidos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

 

Análise de conjuntura

Após a saudação e informes, a mesa coordenou a análise de conjuntura dos representantes das forças políticas da Direção Nacional. O indicativo de greve previsto para 23 de outubro e o adiamento do Congresso Nacional da FASUBRA (CONFASUBRA) foram destaques das avaliações.

 

 

Também em pauta a construção de uma caravana nacional no dia 10 de novembro em Brasília-DF, em conjunto com trabalhadores dos segmentos do serviço público e iniciativa privada e ações durante a semana.

 

Unidade

Para o coordenador Toninho,  a greve é necessária e a maioria da Direção Nacional defende a  deflagração ainda nesse período. A FASUBRA tem buscado unidade com outros setores, para realizar atos como aconteceu no Rio de janeiro e Pernambuco. “Mas, sabemos que se a gente sair em greve sozinhos, seremos frontalmente atacados por esse governo, que vai querer acabar com nosso plano de resistência”.

 

 

Toninho defendeu o calendário que aponta a construção de uma caravana a Brasília no dia 10 de novembro junto com as centrais, com ações específicas da FASUBRA no Ministério da Educação (MEC), pressionando parlamentares. Dentro do calendário apontar uma greve. “Se essa greve não sair no início de novembro, que a gente dispute aqui com a categoria, para apontar uma greve ainda em novembro e fazer o enfrentamento ao governo e seus ataques”.

 

Parar a universidade

Leia Oliveira chamou à reflexão sobre a reprovação do atual governo pela população. “Um governo com apenas 3% de aprovação, não é governo. Temos um golpista vivendo em um Estado de exceção, onde a democracia está sob ameaça e as instituições estão em xeque. O povo não acredita mais nos três poderes (executivo, legislativo e judiciário)”.

 

 

 

Para a coordenadora, dia 27 de outubro (Dia do Servidor Público) é uma data estratégica, “temos que de fato parar a universidade e levar o debate à sociedade, fechar as avenidas dialogar com os movimentos sociais, porque serão os maiores prejudicados se a universidade for privatizada”.

 

Segundo Leia, é preciso unir na construção de uma greve real, caso contrário, o CONFASUBRA deve  acontecer neste ano. “Ou lutamos, ou ano que vem não tem mais carreira, não tem FASUBRA e nem universidade. À luta companheiros e unidade na Federação’

 

Foco

Para Gibran Jordão, os trabalhadores têm planos e sonhos, “e tudo o que foi construído nos últimos períodos por meio de greve, fará muita diferença se a gente perder”. Segundo o coordenador, o objetivo do governo é destruir a carreira e aumentar a contribuição previdenciária de 11% para 14%. “Esse ano não teve negociação isso condiciona o nosso futuro e de nossa família”.

 

 

 

A proposta da Direção Nacional é construir a greve, “se for o caso podemos ir até sozinhos”, disse. Segundo Gibran, o ideal neste momento é construir um estado de greve e  que a Plenária autorize a Federação a convocar rodadas de assembleias a qualquer momento. O coordenador destacou o dia 27  de outubro para realizar ações nas bases e a caravana à Brasília no dia 10 de novembro, junto com as centrais. “Para construir todo esse processo na base, precisamos abrir mão do CONFASUBRA esse ano. Foco e prioridade é o nosso futuro!”

 

 

Greve forte

Vaz afirmou que a Categoria já se encontra em estado de greve, desde o movimento paredista de 2016 contra a PEC 241/16. “Nós fizemos a greve sozinhos, uma luta que pensamos e avaliamos. A FASUBRA teve coragem de peitar sozinha”. Para o coordenador, foram dois meses de uma greve forte e vitoriosa do ponto de vista político. “A categoria mostrou que está atenta e sempre aberta a todos os chamados”.

 

 

Vaz observou que uma greve forte é necessária, com musculatura suficiente. Tem acordo com o calendário, a estratégia de engrossar o caldo para a greve, unificar com os servidores públicos federais, docentes e discentes. “Se o ataque ao PCCTAE vier, é claro que vamos enfrentar com greve. A nossa maior luta é sair daqui e cada militante passar no setor de trabalho e dizer pra todos, ou sai todo mundo ou perdemos todos. Greve unida, calendário aprovado e vamos sair vitoriosos!”

 

Não é opção

Segundo Rolando Malvásio, o ataque que está pro vir é muito violento, vem o pacotaço do governo e a reforma da previdência. “O governo busca apoio da sociedade com o auxílio da mídia. Se metade do que nós já ouvimos em Brasília acontecer, a greve começa no mesmo dia. Vamos ter que lutar, sem luta sem ganho. O problema é achar que greve se faz por decreto. Greve se faz conquistando corações e mentes”.

 

 

 

Para o coordenador não há dúvidas sobre qual é a posição da FASUBRA. “Tem bases que estão mais adiantadas na mobilização, outras estão atrasados e sempre tivemos paciência para saber quando esse “time” acontece. A greve vai acontecer”. Rolando defendeu a proposta de calendário da direção, com previsão de greve para novembro e o adiamento do congresso. “Não lutar, não é opção pra nenhum de nós”.

 

 

Consciência coletiva

Rafael Pereira, não se mostrou surpreso com a decisão das assembleias. “A direção tem que ser a síntese da base. A nossa base definiu que não quer uma greve isolada, mas uma greve conjunta, organizando a Categoria com outros segmentos”.

 

 

De acordo com Rafael, é necessária a aprovação de um amplo calendário de efetiva construção na base e produção de uma consciência coletiva. “Construir a luta com os servidores públicos nos estados, com as demais categorias nas universidades, com os trabalhadores da educação básica pública, privada porque a reforma da previdência e trabalhista atinge a todos”.

 

Para o coordenador, congresso da FASUBRA deve ser parte da ampla mobilização e fortalecimento da categoria, da reoxigenação da base e também da renovação da direção. “O congresso é parte da luta e não atrapalha”.

 

Ampla mobilização

Adriana Stella rechaçou a construção de caravanas para o dia 10 de novembro, e apontou a realização de atividades nas bases com a classe trabalhadora. “Temos que lutar de forma unificada, ombro a ombro com o conjunto da classe trabalhadora, a data que representa essa unidade é 10 de novembro. Para fortalecer nas bases a construção dessa data, é importante sim a gente sair daqui em estado de greve, construindo a mais ampla mobilização”.

 

 

Para a coordenadora, é necessário, convocar os técnicos para reuniões setor por setor, formar comandos de mobilização e organizar para ter força e enfrentar os ataques. “Construir fortes atos a partir do calendário de mobilização rumo à greve geral, para unidos derrotar Temer, todas as reformas e tirar todo os corruptos. Entendemos que o congresso da FASUBRA deve ser neste ano, para fortalecer as lutas e armar a categoria”.

 

 

Greve agora

Neide Dantas destacou o avanço da direita na sociedade como um movimento mundial. “No Brasil o ataque às liberdades individuais, ´/as artes que sempre foram foco de resistência estão fazendo um desserviço ao pensamento brasileiro. E principalmente aos ataques aos direitos humanos e liberdades individuais”.

 

 

Questionou o que os trabalhadores técnico-administrativos estão esperando para agir. “O que vem após a vitória do Temer é a Medida Provisória que tem efeito imediato. A greve tem que ser agora, já. Estamos atrasados pra fazer greve, para lutar pelos nossos direitos”. Para Neide, o adiamento do Confasubra está condicionado à realização da greve. “Nossa carreira já está no telhado, o governo só vai nos empurrar e depois não adianta dizer que a FASUBRA não fez nada”.

 

Greve Já!

Segundo Zila Camarão, o governo não vai atacar, já está atacando. “A última plenária tirou Estado de greve e já devia ter sido trabalhado para a greve do dia 23, pra esta plenária entrar em greve. Tem que ter greve já”.

 

 

Para a coordenadora, não há acordo em fazer caravana no dia 10 de novembro. Zila apontou a deflagração de greve dos trabalhadores técnic-administrativos em educação, “quem sabe não se constrói uma greve geral a partir da nossa. É greve, não adianta muito discurso”.

Em seguida, a mesa abriu as inscrições para a análise dos delegados de base.

 

Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

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