Como forma de integrar o chamado Dia Nacional de Lutas convocado pela FASUBRA em todo Brasil, os Técnico-administrativos em Educação da UFMA realizaram atividade de mobilização nesta terça-feira (03).
Logo cedo, às 7h, os trabalhadores começaram a se organizar para alertar a comunidade universitária sobre a falta de negociação do Governo com a categoria, fato que emperra o avanço de questões importantes para o conjunto dos trabalhadores em educação das universidades publicas federais no país.
[caption id="attachment_5703" align="alignnone" width="406"] O trânsito era rapidamente interrompido como forma chamar a atenção dos motoristas.[/caption]
Com panfletos, carro de som e apitaços os trabalhadores deram o tom do ato que durou quase três horas. Outras mobilizações acontecerão e desde já toda a categoria está convocada a se fazer presente.
[caption id="attachment_5704" align="alignnone" width="406"] Mesmo sob forte chuva os trabalhadores não arredaram o pé do Ato de mobilização desta terça-feira (03).[/caption]Indagado sobre a importância da mobilização deste dia 3, o presidente do Sintema, Mariano Azevedo, ressaltou que é imprescindível a união e predisposição dos trabalhadores neste momento no intuito de enfrentar as medidas contrárias à educação pública e aos direitos dos trabalhadores.
Confira o conteúdo do informativo divulgado pelos trabalhadores:
EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES
Os trabalhadores Técnico-administrativos em Educação de todo o Brasil participam hoje do Dia Nacional de Lutas em defesa da Educação Pública e dos Direitos dos Trabalhadores. Buscam além da pauta econômica, garantir aos trabalhadores e à sociedade a manutenção e ampliação de direitos sociais básicos da Educação.
Na contra mão dessa luta o Governo Federal implementou diversas medidas prejudiciais não só aos trabalhadores, mas como para toda a sociedade (alterações na previdência social, em direitos como seguro-desemprego, aumento da taxa de juros, etc.), o que para o SINTEMA, FASUBRA e as Centrais Sindicais é penalizar o lado mais fraco, beneficiando como sempre os donos do capital financeiro.
Dentro dessa conjuntura de imposição do mercado, a mudança de Governo trouxe novos ministros da Educação e Planejamento, a mudança de equipes de trabalho desses Ministérios e a falta de diálogo até o presente momento, mesmo a FASUBRA já tendo solicitado, por duas vezes, o seguimento das negociações dadas até 2014. Estes fatos acenderam a luz amarela de alerta na categoria dos trabalhadores em educação sendo necessário dar uma resposta ao Governo.
Para a Direção do Sintema, gestão Unidade & Trabalho, os trabalhadores precisam participar mais das atividades de mobilização e embate com o Governo, já que o cenário que se apresenta para os próximos quatro anos é obscuro. “A presidenta Dilma no dia da posse anuncia que a educação será prioridade do novo governo, mas no dia seguinte decreta um corte de milhões no orçamento da pasta.
Não aceitaremos quaisquer medidas impostas, é preciso dialogar com as nossas Centrais e Federações”, disse Mariano Azevedo, presidente do Sintema.
Buscando fortalecer a luta, a FASUBRA vem participando do Fórum de discussões dos servidores públicos federais. Foi aprovada uma pauta unificada para a defesa do conjunto dos SPF´s. Confira os eixos já aprovados até o momento:
-Politica salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias, e índice linear de 27,3%;
– Data-base em 1º de Maio;
– Direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT);
– Paridade salarial entre ativos e aposentados;
– Retirada dos projetos do Congresso Nacional que atacam direitos, e aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores;
– Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes;
– Anulação da reforma da previdência realizada através da compra de votos dos parlamentares;
– Extinção do Fator Previdenciário;
– Incorporação de todas as gratificações produtivistas;
– Fim da Terceirização que retira direito dos trabalhadores;
– Concurso público pelo RJU;
– Combate a toda forma de privatização;
– Pela aprovação da PEC 555 que extingue a cobrança previdenciária dos aposentados;
– Pela aprovação do PL 4434 que recompõe as perdas salariais;
-Regulamentação da jornada de trabalho para o máximo de 30 horas sem redução salarial;
– Pec 170/2012 – aprovação de aposentadoria integral por invalidez.
– Liberação de dirigentes sindicais com ônus para o estado, sem prejuízo as promoções e progressões na carreira;
– Pela revogação do FUNPRESP e da EBSERH.
Fonte: Imprensa Sintema.