Dirigentes do Sintema participaram do Dia Nacional de Mobilizações, 11 de julho, organizado pelas Centrais Sindicais (CTB, CUT, UGT, Força Sindical, CSP-Conlutas, NCST, CGTB, CSB) e Fasubra. Em São Luis, cerca de 3 mil pessoas entre estudantes, sociedade em geral, trabalhadores e sindicalistas participaram das mobilizações ocorrida no período vespertino e noturno no centro da capital.
Ao longo de um trajeto de cerca de 5 quilometros da praça Deodoro até a beira mar, os manifestantes entoaram marchinhas, palavras de ordem e apitaços em defesa da pauta reivindicatória da classe trabalhadora. Estudantes da Ufma e representantes da União Nacional dos Estudantes – UNE, também deram um colorido especial ao Ato.
Ao longo de toda a marcha, os Agentes Municipais de Trânsito organizaram o trânsito de modo a dar vazão para os trabalhadores, entretanto, a cúpula da Polícia Militar – a mando de Roseana Sarney Murad, governadora do Maranhão, mobilizou o batalhão de choque, a cavalaria e o Grupo Tático Aéreo – GTA para tentar intimidar manifestantes e bloquear todos os acessos ao Palácio dos Leões, sede do Governo do Maranhão.
Além dos Técnico-administrativos em Educação da Ufma participaram do Ato, Professores municipais, estaduais e federais, servidores públicos em geral, Militares, Bombeiros, Policiais Civis, trabalhadores Hoteleiros, da Panificação e Construção Civil, entre outros.
Entre as reivindicações gerais expressas durante a manifestação estavam combate a corrupção e impunidade no Maranhão, reforma agrária e urbana, benefícios trabalhistas, mais recursos para educação e saúde, redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas, democratização da comunicação e fim da oligarquia Sarney.
Os trabalhadores defenderam o fim das terceirizações e a profissionalização do serviço público no Maranhão. “O governo do Estado demonstra que continua com ranço do neoliberalismo ao contratar empresas privadas, inclusive de correligionários políticos em prejuízo da qualidade do serviço público e a precarização dos direitos dos trabalhadores contratados. O secretário Ricardo Murad terceirizou toda a rede de saúde e hoje o que vemos é o fechamento para reforma o Centro de Saúde Genésio Rêgo sem motivo plausível e a não entrega para a população do Hospital Pam Diamante, após quatro anos fechado para reforma”, criticou um dos manifestantes.
Ao serem impedidos pela Polícia Militar de terem acesso ao Palácio dos Leões, os manifestantes criticaram duramente a postura da governadora Roseana Sarney de não dialogar com os movimentos sociais. Em discursos inflamados, os revoltosos expuseram o descaso com o que o atual governo trata a população maranhense, o que levou o estado aos piores indicadores sociais e muita miséria, pobreza e sofrimento.
Para Mariano Azevedo, presidente do Sintema, a mobilização foi um sucesso tendo em vista, que a primeira vitória da mesma fora reunir tantas correntes políticas juntas em prol de objetivos comuns, a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores e da sociedade. “Espero que este seja apenas o primeiro Ato de muitos que devem ser organizados novamente pelas Centrais no Brasil e aqui no Maranhão”, concluiu Mariano.
Confira a pauta geral e específica dos Servidores Públicos Federais – SPF´s:
Geral:
>> Revogação da lei que cria a EBSERH e destinação de 10% do PIB para Saúde Pública, Gratuita e de Qualidade;
>> Revogação das Reformas da Previdência de 2003 (EC 41) e de 1998, bem como a prisão dos Mensaleiros;
>>Incorporar aos eixos da Campanha Salarial a antecipação das parcelas e do Step do acordo de greve;
>> Suspensão do pagamento da Dívida Pública com Auditoria já!
>> Em defesa dos direitos dos Aposentados
>> Em defesa dos serviços públicos de qualidade, gratuito e que atenda as necessidades do povo trabalhador em nosso país!
ESPECÍFICO
– Construção da greve contra a EBSERH, a partir da avaliação do dia 11;
– Reposição da inflação;
– Pela aprovação da PEC 18/2013 (Perdas de mandato dos parlamentares, por improbidade administrativa);
– Continuar a luta contra as privatizações e pela extinção do PL 92/07 (Fundação Estatal de Direito Privado);
– Defender o Direito de Greve e de Negociação Coletiva;
– Aprovação de uma lei específica contra o Assédio Moral;
– Lutar pela manutenção do pagamento das Ações Judiciais, Retorno dos 26,05% onde foram retirados e contra os abusos do TCU;
– Participar da Campanha pela aprovação do PL 531/2009, construído pela FUP (Federação única dos Petroleiros) em conjunto com os movimentos sociais, que estabelece o monopólio estatal do petróleo e gás, através da Petrobrás 100% Estatal e Pública;
– Apoiar as CPIs dos Transportes e da Copa;
– Lutar pela punição dos crimes da Ditadura e Revisão da “Lei de Anistia”;
– Passe livre Estudantil e para os desempregados sem sobretaxação de impostos;
– Por um PNE que priorize a Educação Pública, Gratuita e de Qualidade com a destinação de 10% do PIB;
– Por uma Reforma Política que de fato interesse a classe trabalhadora;
– Pela aprovação da PEC 555 que isenta os Aposentados da contribuição previdenciária;
– Contra a lei que regulamenta a Terceirização;
– Instalação da CIS nas Universidades que ainda não tem conforme portaria 2519/05 do MEC;
– Pela regulamentação das 30h da enfermagem que já se encontra no congresso;
– Lutar pela democratização das IES e contra toda forma de homofobia; –
– Em favor da Ascensão Funcional (em defesa da PEC 257/95).
CONVOCAÇÃO NA UFMA
Mais cedo, os diretores do Sintema se localizaram na entrada do campus do Bacanga, UFMA, no intuito de mobilizar a categoria para as atividades do período vespertino. Nem os raios e trovões conseguiram acabar com a atividade sindical desempenhada pelos bravos Dirigentes Sindicais.
Devido ao temporal que caiu na manhã do dia 11 julho, o número de pessoas que adentraram o campus foi bem menor que o de costume. Ainda assim, cerca de 2 mil Informativos produzidos pelo Sintema foram distribuídos para a Comunidade Universitária.
Com microfone na mão, Mariano Azevedo, presidente do Sintema, convocou todos que passavam pelo portal de entrada da Ufma. A APRUMA participou da atividade em parceria com o Sintema.
Fonte: Imprensa Sintema.