Em Seminário dos Servidores Público Federais (SPFs), centrais pregam unidade da categoria para envidar Campanha Salarial Unificada em 2015



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Só a unidade e o fortalecimento da mobilização podem trazer avanços na valorização dos trabalhadores públicos federais em 2015 como resultados da Campanha Salarial Unificada. Foi o que enfatizaram em uníssono os representantes das centrais sindicais CSP-Conlutas, CTB e CUT, respectivamente, Joaninha Oliveira, João Paulo Ribeiro e Pedro Armengol no debate sobre conjuntura que marcou a abertura do Seminário Nacional, ocorrido durante este fim de semana no hotel Bay Park, localizado em Brasília/DF, e no qual compareceu uma representação da FASUBRA Sindical. O encontro teve como objetivo definir os eixos da Campanha Salarial 2015 e, por isso, durante o evento foram debatidos temas como privatização, terceirização, índices de reajuste e precarização do trabalho.

A FASUBRA Sindical afirmou que para 2015 o embate será desafiador e conclamou os trabalhadores de todos os setores a saírem juntos em caso de greve. “A expectativa é grande, a conjuntura econômica é desafiante para todo o serviço público. Por isso espero que as estratégias realmente valorizem a unidade, de modo a não ocorrer o que aconteceu em 2012 e 2014, anos em que a FASUBRA Sindical saiu praticamente sozinha para exigir do Governo Federal a valorização dos trabalhadores e dos serviços públicos. Os desafios são enormes e os ataques serão maiores que os que pudemos ver nessa semana na comissão mista de Consolidação das Leis e Regulamentação da Constituição que aprovou relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre direito de greve, que estabelece limites muito rígidos e que interferem na mobilização e organização dos trabalhadores”, avaliou um dos representantes da Federação durante a abertura do evento, quando 15 entidades ocuparam o microfone por três minutos cada para manifestarem suas preocupações.

 

Centrais

O debate sobre conjuntura contou com a apresentação do tema pelas centrais sindicais CSP-Conlutas, CTB e CUT. Os debatedores centralizaram suas análises na conjuntura internacional, com ênfase na crise econômica, o resultado das eleições no Brasil, a composição do Congresso Nacional e as primeiras medidas econômicas adotadas pelo Governo logo após a reeleição da presidente Dilma.

Para Paulo Barella, que representou a CSP-Conlutas, o ano de 2015 será de mais dificuldades para o conjunto dos trabalhadores. “Essa vai ser a primeira vez que um governo popular enfrentará uma crise econômica mais profunda. Já podemos observar isso em medidas tomadas agora, como o aumento da gasolina, da elevação da taxa de juros anunciada pelo Banco Central (0.5%) e a possibilidade de desemprego na indústria, o que é extremamente preocupante. Frente a essa conjuntura, o Governo e aliados devem apresentar políticas restritivas que poderão prejudicar os servidores públicos. Para combater os ataques somente a unidade vai conseguir garantir o que já foi conquistado pelos SPF e proporcionar avanços. Aqui, a CSP vai defender que saiamos com a proposta de reajuste linear para todos os SPF como forma de preservar a união das categorias”, afirmou.

Para o secretário de Servidos Públicos e do Trabalhador Público da CTB, João Paulo Ribeir

, em cenário de crise como a atual a ordem é construir a unidade. “É preciso deixar a vaidade de lado e definir estratégias eficazes de valorização e defesa dos serviços públicos e dos trabalhadores a serem encampadas por todo o funcionalismo. Muitas avaliações feitas até agora, de que o Brasil está dividido em virtude o resultado da eleição presidencial, não procedem. O que acontece é uma disputa de ideologia. De um lado temos a antiga oligarquia, que vai ser predominante no Congresso Nacional e irá tentar suprimir direitos dos trabalhadores, e do outro lado temos o campo progressista, que venceu as eleições mas que vai se esforçar para se adequar à crise. É essa realidade que já estamos enfrentando e que na qual vamos levar adiante a campanha salarial. Assim, a pressão que teremos que fazer frente aos poderes Executivo e Legislativo tem que ser precisa e unitária”, defendeu o sindicalista.

Pedro Armengol, da CUT, avaliou todo o processo eleitoral de 2014 que levou a presidente Dilma a renovação do mandato presidencial, salientou que o ambiente de crise e de restrições não é favorável ao atendimento das pautas dos trabalhadores no serviço público, principalmente às reivindicações de caráter econômico, e também pregou a união como foco central para conquista de direitos e valorização dos servidores. “Temos que ter em mente a frase dita pela presidente durante a campanha eleitoral de que ‘nem que a vaca tussa vamos mexer em 13º e férias’ e cobrar que não se questionem direitos dos trabalhadores duramente conquistados. Precisamos também construir uma agenda positiva e uma negativa, e lutar contra os ataques que vierem. O que deve nos unir é o cenário de dificuldades que se coloca, e mesmo com essa dificuldade construir o fortalecimento da luta. O que vai determinar a correlação de forças é a mobilização e a capacidade de organização do conjunto dos trabalhadores do serviço público”, afirmou.

Representação

A FASUBRA foi pela representada, no evento, por dirigentes presentes em Brasília, a saber: Rolando Malvásio, Ivanilda Reis, Pedro Rosa, João Paulo Ribeiro, Rogério Marzola, Gibran Jordão, Rosângela Costa, ÂngelaTargino e Rildo Conceição. Também participaram do evento representantes de entidades filiadas à Federação.

Fonte: Fasubra.

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