De acordo com a FASUBRA, o ato representa a expressão de todas as manifestações que vem surgindo na educação pública no país.
Na tarde de quinta-feira, 16, três mil pessoas participaram da Marcha Nacional em defesa da educação pública organizada pelo Comitê Nacional em Defesa dos 10% do PIB para a educação pública, já, que reúne dezenas de entidades do setor da educação, entre elas a FASUBRA Sindical e do movimento social. O evento inaugurou a segunda edição do Encontro Nacional de Educação que acontece de 16 a 18 de junho.
O Grande Ato pela educação pública convergiu com a manifestação de produtores da agricultura familiar em frente ao Ministério da Agricultura, representados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag). O encontro de manifestações, marcado por uma salva de palmas e palavras de ordem revelou a insatisfação com a retirada de direitos por meio de uma possível Reforma Previdenciária.
A caminhada seguiu para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), onde os representantes das entidades puderam externar o clamor de todos os manifestantes. Para a FASUBRA, o movimento é um passo importante na construção de uma alternativa classista e de luta. “O atual governo ilegítimo de Michel Temer tem aprofundado os projetos de ajuste fiscal que já estavam em curso, para beneficiar banqueiros e o setor financeiro”.
Na ocasião a Federação denunciou os ataques ao funcionalismo público por meio do PLP 257/16, que coloca em risco os acordos de greve e a política remuneratória dos trabalhadores do serviço público federal. “Estamos nas ruas para cobrar o acordo de greve, política salarial, concurso público, saúde e educação de qualidade e erguer uma frente socialista de luta, fortalecendo o calendário de ações da educação”.
A FASUBRA junto ao Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais protocolou documento que reivindica uma audiência ao Ministério da Educação para apresentar o resultado do II Encontro Nacional de Educação. De acordo com o documento, o II ENE debate um projeto de educação a partir de diversas lutas de docentes do ensino superior e da educação básica, técnicos administrativos, estudantes e movimento social.
O documento protesta políticas do governo que priorizam a privatização da educação em detrimento da precarização do trabalho e estudo nas instituições federais de ensino, se eximindo da responsabilidade garantida na Constituição que prevê o direito à educação pública, gratuita e de qualidade.
De acordo com a FASUBRA, o ato representa a expressão de todas as manifestações que vem surgindo na educação pública no país, as ocupações de escolas, ocupação de reitorias contra os cortes da educação, contra a cultura do estupro e violência contra a mulher e os LGBTT, manifestações por bandeiras econômicas e democráticas dos direitos civis. “Vamos ver se o MEC se sensibiliza para receber as entidades, depois do Ato de hoje”.
À noite a FASUBRA participou da Reunião Ampliada do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais, no Hotel Brasília Imperial. Presentes 65 representantes de nove entidades. Representando a FASUBRA os coordenadores Edson Lima, Gibran Jordão, Marcelino Rodrigues, Antônio Alves Neto (Toninho), Portácio e Mário Guimarães Júnior. A coordenadora Ivanilda Oliveira Reis representou a Federação na mesa, junto com Paulo Rizzo, do ANDES.
Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical
Fonte: Fasubra.