#OCUPA BRASÍLIA – Milhares de manifestantes em Brasília levam Temer ao desespero, que responde com ação violenta da PM e convocação das Forças Armadas



Na manhã histórica de quarta-feira, 24, caravaneiros de todo o país se encontraram no estacionamento do Estádio Mané Garrincha em Brasília – DF, para o Ato OCUPA BRASÍLIA. Convocado pelas centrais sindicais, reuniu cerca de 120 mil manifestantes, entre os quais, técnicos administrativos em educação organizados pela FASUBRA Sindical.

Em protesto contra a as propostas de Reforma da Previdência (PLC 30/17) e Trabalhista (PL 6787/16), pelo FORA TEMER e pela realização de eleições diretas. Diante da crise política instalada após a publicação das investigações da Polícia Federal, de corrupção envolvendo o grupo JBS, o presidente ilegítimo Michel Temer e outros parlamentares.

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 Marcha pela Esplanada

A marcha iniciada às 12h, saiu do estádio Mané Garrincha seguindo pelo Eixo Monumental sentido Congresso Nacional, na contramão. Milhares de servidores públicos, trabalhadores, docentes, estudantes, movimento indígena, sem terra e sem teto realizaram uma das maiores marchas dos últimos tempos. Com bandeiras, camisetas e bonés personalizados, faixas, trio elétrico e palavras de ordem, avançaram para a Esplanada dos Ministérios.

A FASUBRA Sindical levou cerca de 1.200 trabalhadores técnico-administrativos em educação de instituições federais de ensino de todo país.

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Repressão violenta

A manifestação recebida por bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha pela tropa de choque e cavalaria da polícia militar do Distrito Federal, se deparou com um congresso cercado por grades.

A truculência da polícia fez diversos feridos. Imprensa e manifestantes foram atacados, inclusive, houve disparo de arma de fogo. O cenário de guerra era surreal. Enquanto líderes sindicais que estavam no trio elétrico em frente ao congresso pediam para os policiais não atirar contra a multidão, eram completamente ignorados. Helicópteros da polícia também foram utilizados, todo aparato repressivo contra uma multidão desarmada, sem condições de defesa.

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Governo chama Forças Armadas

Após confronto de estudantes com policiais, a manifestação foi dispersada com a notícia de que o presidente ilegítimo Michel Temer havia solicitado a intervenção das Forças Armadas.

 e acordo com o Correio Braziliense, foram convocadas dez companhias com 1.200 homens do Exército. Tropas da Marinha e Aeronáutica também foram convocadas.

 Para a FASUBRA, a convocação das forças armadas contra a população civil, com estado de sítio por uma semana na capital federal, é uma demonstração de desespero de quem está sendo deposto pelas ruas, que não se calam diante das reformas anti sociais e da corrupção. “De nossa parte, torna-se necessário intensificar a resistência,  e preparar a greve geral de 48 horas em conjunto com as centrais.”

 Feridos

O Hospital de Base atendeu 50 pessoas, 30 são manifestantes, um deles corre o risco de ficar cego. Uma pessoa foi baleado por arma de fogo e socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e sete foram detidas.

Imprensa

De acordo com a Federação, como é de praxe, a “grande mídia” brasileira, contraproducente e totalmente parcial na cobertura das manifestações, tentou mais uma vez criminalizar o movimento. As manchetes causam ojeriza e lamento, em nenhum momento a marcha pacífica de 120 mil pessoas contra as reformas, pelo FORA TEMER e pelas diretas já foi destacada. A brutalidade da PM também não foi retratada.

 Para a FASUBRA, o interesse público perde mais uma vez sua essência. “O jornalismo de utilidade pública e cidadão há muito deixou de ser. A formação de consciência e opinião é limitada e não convida à reflexão”. O interesse dos poderes deste país é manter uma população binária, incentivada a não pensar, apenas aceitar os fatos para continuar sendo massa de manobra. Aqueles que estão fora desta linha são considerados reativos. Assim, os 500 anos de escravidão permearão no subconsciente de um povo que ainda não descobriu ser livre.

 Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

 

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