O brutal assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL-RJ) na noite de quarta-feira (14) causou uma comoção mundial e profunda revolta e indignação nas forças democráticas e progressistas.
Negra, filha da favela da Maré, como fazia questão de se apresentar, Marielle se revelou uma notável líder popular e orientou sua atividade política pela defesa intransigente dos direitos humanos, bem como contra a discriminação, exploração e opressão dos favelados e camadas mais humildes do nosso povo.
Aos 38 anos, a vereadora fazia parte da comissão que fiscalizava a intervenção militar do governo federal na segurança do Rio e recentemente criticou os abusos policiais verificados durante a intervenção na favela de Acari.
Sua morte é também um sinal de que a presença das Forças Armadas nos bairros e ruas cariocas, embora sirva à espetacularização midiática, está longe de constituir uma solução para os graves problemas de segurança na cidade. Infelizmente não é mais que uma farsa.
A tragédia carioca não é obra do acaso. Deve ser debitada na conta do golpe de Estado liderado por Temer, que abriu as porteiras para o neofascismo, perseguição a professores e personalidades progressistas, ataques à democracia e à soberania nacional, depreciação do trabalho e destruição de direitos e conquistas sociais.
O povo brasileiro não merece isto. Vamos resistir e lutar para resgatar a democracia e a soberania popular.
Adilson Araújo, presidente nacional da CTB