A participação das mulheres se estendeu até o início da tarde, com diversas intervenções. As delegadas soltaram a voz e compartilharam experiências na universidade, no local de trabalho e nos sindicatos.
As mulheres da FASUBRA abriram a plenária nacional da Federação na manhã desta sexta-feira, 02, com debate sobre temas referentes à luta das mulheres. O evento acontece no Auditório 3 da Faculdade de Ciências da Saúde, campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). As diretoras Eurídice Almeida e Ivanilda Reis da coordenação da Mulher Trabalhadora mediaram as discussões.
Os participantes foram recebidos com o samba enredo da escola de samba do Rio de Janeiro, Salgueiro, com o tema da mulher negra. Após a saudação das coordenadoras à plenária, a mesa concedeu a fala para as delegadas dos sindicatos de base a partir dos temas apresentados pelas coordenadoras, como a violência contra a mulher, mulheres negras, machismo no sindicato, legalização do aborto, falta de creche, participação nos conselhos estaduais e municipais de mulheres e assédio moral.
A participação das mulheres se estendeu até o início da tarde, com diversas intervenções. As delegadas soltaram a voz e compartilharam experiências na universidade, no local de trabalho e nos sindicatos.
De acordo com os relatos, a participação das mulheres na direção das entidades de base da Federação tem aumentado, mas as dificuldades para conquistar os espaços de poder ainda é difícil.
A violência contra as mulheres negras e o racismo na rede pública de atenção à saúde foi compartilhada, baseado em estudos do estado de São Paulo que mostram que as mulheres negras recebem menos anestesia no parto.
As delegadas convocaram as mulheres a participar das mobilizações no dia Internacional da Mulher, 08 de março. A sororidade e apoio às mulheres para ocupar os espaços de fala dentro dos sindicatos de base também foi abordado, com destaque à formação em comunicação, como um desafio a ser superado.
As técnicas administrativas destacaram a luta contra o capital e a desconstrução contra o machismo, na busca pelo diálogo com os homens. A delicada missão de tratar o tema sobre legalização do aborto nas entidades de base e a necessidade de discutir à luz das mulheres que são mortas em clínicas clandestinas, revelou a humilhação de mulheres que se submetem ao aborto e buscam atendimento na saúde pública.
O debate trouxe à tona a falta de creches nas universidades e as dificuldades das técnicas administrativas em educação de deixar seus filhos para trabalhar. As coordenadoras reforçaram a resolução congressual que garante creches para os filhos das delegadas em eventos da FASUBRA.
As delegadas falaram sobre a participação ativa das mulheres dos sindicatos nos conselhos estaduais e municipais de mulheres, principalmente na construção dos atos nos estados no dia 08 de março.
Alguns delegados fizeram intervenção agradecendo ao movimento sindical a oportunidade de desconstruir a cultura e postura machista.
O projeto de lei que visa a demissão de servidor público por insuficiência de desempenho (PLS 116/17) foi apontado como um dos maiores assédios contra o servidor público, e parte das reivindicações da Categoria.
A mesa foi encerrada no início da tarde, após o retorno do almoço acontece a Conferência Livre que debate o tema “Em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, socialmente referenciada”.
Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical