A FASUBRA Sindical comemora 43 anos de existência neste domingo, 19 de dezembro. Nestas mais de quatro décadas, a Federação se fortaleceu como entidade combativa e se tornou referência na luta pelos direitos e valorização dos mais de 200 mil técnico-administrativas e técnico-administrativos em educação das Instituições de Ensino Superior (Universidades e Institutos Federais). A FASUBRA é reconhecida nacionalmente por sua luta por uma sociedade mais justa, igualitária, inclusiva e especialmente pelo direito de todas e todos ao acesso a uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Ao longo dos seus 43 anos, a FASUBRA Sindical deu exemplo de sua pluralidade, tendo à frente da Coordenação representantes de mulheres, negros, LGBTIs e sendo modelo às demais entidades sindicais nesse sentido.
O ano de 2021 foi um ano de muitas batalhas e a FASUBRA e suas entidades de base participaram ativamente de todas elas. As principais pautas foram as manifestações nacionais pelo FORA BOLSONARO que cresceram ao longo do ano, na mesma proporção que a queda de popularidade do governo. O presidente Bolsonaro atualmente conta com a pior avaliação desde o começo do seu mandato, com 55% de avaliações negativas, segundo Ipec (antigo Ibope). Outra luta que pautou o ano foi contra a aprovação da PEC 32 (Reforma Administrativa). Centrais e entidades sindicais das três esferas (municipal, estadual e federal), entre elas a Federação, construíram ações e diversos atos unificados. Foram 14 semanas de mobilizações e um resultado vitorioso, pois a PEC que pretende acabar com os serviços públicos sequer chegou a ser colocada em votação no plenário da Câmara dos Deputados.
O governo Bolsonaro já é considerado o pior da História, por conta das 617 mil mortes pela Covid-19, muitas das quais poderiam ter sido evitadas; a corrupção na compra e distribuição de vacinas; o desmonte do Estado, especialmente em áreas essenciais como educação e saúde; o ataque às instituições; a crise econômica, o aumento do desemprego que alcança 14 milhões de brasileiras e brasileiros e a volta da extrema pobreza em virtude da carestia. Além de conviver com a pandemia da Covid-19, que ainda não acabou, convivemos também com a pandemia da fome.
O enfrentamento aos consecutivos ataques à educação e à saúde (SUS) também marcou o ano. Somente em 2021 o governo fez um corte de R$ 1 bilhão de recursos na educação. Os cortes vão afetar mais de 70 mil pesquisas, ameaça o fechamento de diversas instituições de ensino superior públicas no Brasil e demonstra que o governo é inimigo da educação. Além de outros ataques, Bolsonaro quer acabar com a autonomia, a pesquisa e a extensão dos Institutos Federais. Recentemente, a Federação e demais entidades classistas e estudantis da educação realizaram a “Semana em Defesa da Educação Pública e Contra os Cortes” para chamar atenção da população para esta realidade. A semana contou com lives, intervenções políticas, rodas de conversa, protestos e ações culturais. Outras campanhas e atos em defesa da educação foram realizados durante o ano.
Demais lutas que mobilizaram os trabalhadores e trabalhadoras e que a Federação atuou foram: o fortalecimento do SUS; vacinação para todas e todos; contra o negacionismo e o reconhecimento da ciência; a PEC 23 (calote nos precatórios) e outros projetos no Congresso Nacional, como o PL 5595/20, o piso da enfermagem e a indenização aos familiares de mortos pela Covid-19; a valorização dos profissionais dos Hospitais Universitários; contra o Decreto 10.620/21, que centraliza o gerenciamento das aposentadorias no INSS; o combate ao racismo e extermínio do povo negro; o combate ao aumento de casos de violência contra a mulher, feminicídios e a LGBTfobia; a proteção e cuidados aos idosos; em favor das camadas mais vulneráveis; contra o retorno presencial ao trabalho sem condições sanitárias adequadas; e contra todo tipo de preconceito e exclusão.
Entre as lutas da categoria para o próximo ano estão: intensificar os atos pelo “Fora Bolsonaro e Mourão”; a manutenção da luta contra a PEC 32; ampliar a mobilização da categoria em atos presenciais, nos municípios, estados e Distrito Federal, mantendo todas as medidas de segurança sanitária; a luta contra o Decreto 10.620/21; pela taxação das grandes fortunas; pelo fortalecimento do SUS e dos Hospitais Universitários; a campanha salarial; contra o retorno presencial sem os protocolos de segurança e com o monitoramento da saúde dos trabalhadores e estudantes; pelo passaporte vacinal; condições adequadas de trabalho e contra os cortes e desmonte da educação pública.
Mesmo em momentos difíceis, como o que vivemos, a Federação se esforçou para continuar buscando cumprir seu papel, sempre embasada em ações transformadoras. A FASUBRA chega ao final de 2021 comemorando suas conquistas do período, mas, principalmente, ampliando sua unidade e resistência aos sucessivos ataques do governo corrupto, fascista e genocida de Bolsonaro. A Federação uniu forças com diversas entidades nacionais e estaduais, fóruns, movimentos sociais e parlamentares da oposição para derrotar a política de destruição da soberania do país e da retirada de direitos do povo brasileiro.
Fora Bolsonaro e Mourão!
Vida longa à FASUBRA Sindical!
Parabéns pelos seus 43 anos!
Fonte: FASUBRA.