Na manhã de ontem (24), os trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFMA através do Comando Local de Greve- CLG realizaram assembleia geral e mobilização com panfletagem na entrada do campus do bacanga.
[caption id="attachment_4729" align="alignnone" width="461"] Trabalhadores denunciaram as práticas de desvalorização da educação patrocinadas pelo Governo Federal.[/caption][caption id="attachment_4730" align="alignnone" width="461"] Sandra Ferreira, trabalhadora lotada no Hospital Universitário, que atuou junto ao Comando Nacional de Greve – CNG, em Brasília, fala aos servidores presentes.[/caption]
Ao longo de várias horas os trabalhadores denunciaram o descaso do Governo Federal com as demandas da categoria.
A comunidade universitária e sociedade em geral foram alertadas dos ataques que vêm ocorrendo nos últimos anos contra a educação pública no país.
Durante o ato foi distribuído panfleto informativo com o conteúdo descrito abaixo. Leia:
Desde o dia 17/03/2014, a FASUBRA deflagrou a greve dos trabalhadores técnicos administrativos em educação. Esta, após mais de 30 dias, segue forte com mais adesões a cada semana, demonstrando que os trabalhadores das universidades têm disposição de luta confirmando que temos um movimento paredista consolidado nas bases. Mesmo com a pressão institucional, via AGU e MPF, sobre o movimento.
O movimento paredista venceu a primeira fase da greve no sentido de se consolidar na maioria das universidades abrindo agora uma segunda fase na qual a palavra de ordem central é: “QUEREMOS NEGOCIAÇÃO DE VERDADE”.
O Comando Nacional de Greve caracteriza que a nossa pauta tem um conjunto de itens cujo interlocutor central é a ANDIFES, e um conjunto de itens centrados no governo federal. E, tanto a ANDIFES, como o MEC e MPOG, apresentam uma postura intransigente quando não recebem representação do movimento para abrir negociação, ao mesmo tempo em que o governo é solícito em repactuar contratos com as empreiteiras da Copa e comprometer metade do orçamento com o pagamento de juros da dívida pública, mas não há sensibilidade em valorizar os trabalhadores das universidades federais que recebem hoje o menor salário do funcionalismo público federal.
Para abrir negociações com o governo não há outro caminho que não seja o de fortalecimento do nosso movimento na base, construir atos que deem visibilidade à greve, inclusive com ações contundentes e radicalizadas. É necessário destacarmos a luta nos hospitais universitários com orientação nacional para construção de um calendário especial de mobilização em defesa do SUS e contra a EBSERH. Vamos construir um grande ato nacional com caravana e acampamento da FASUBRA em Brasília nos dias 06 e 07/05, sendo o dia 06 centrado especificamente em atividades da Greve da FASUBRA, e o dia 07 com atividades próprias e também gerais, dentre as quais participando da caravana do funcionalismo público federal com o objetivo de pressionarmos o governo a abrir negociação em relação a nossa pauta.
Na UFMA a greve completa 26 dias neste dia 25/04/2014. Precisamos nos conscientizar sobre a importância em aderir ao movimento paredista, pois somente assim poderemos ter êxito no atendimento por parte do governo das nossas reivindicações. Necessitamos paralisar nossas atividades em cada setor. Participar das assembleias da categoria, que ocorrem regularmente as terças e quintas (às 9:00h da manhã), no hall do Castelão e compor força no Comando Local de Greve.
A PAUTA DO FUNCIONALISMO PÚBLICO EM GERAL
Definição da Data-Base em 1º de Maio; negociação coletiva e liberação para exercício de mandato classista; política permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações; cumprimento por parte do Governo dos Acordos e protocolo de intenções firmadas; contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores; retirada dos PLs, MPs e Decretos contrários aos interesses dos servidores públicos; supressão do Artigo 76 da Lei de Diretrizes Orçamentárias – que define prazo até 31/08 para encaminhar projetos de lei que reestruturam carreiras e concedem qualquer tipo de reajuste aos trabalhadores; antecipação da parcela do último acordo de greve e paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.
Com informações do Comando Local de Greve – CLG.
Imagens: Repórter fotográfico GG.