Os trabalhadores em educação e dirigentes do Sintema participaram na manhã desta quarta-feira, 24, do Ato em Defesa da Democracia e do direito de Lula ser candidato nas próximas eleições de Outubro. A mobilização ocorreu em São Luís, Porto Alegre (onde ocorre o julgamento do ex-presidente) e nas principais cidades do país.
Os diretores Jorge Mendes e João de Deus, o conselheiro fiscal Cláudio Bezerra, e trabalhadores de base participaram da manifestação que ocorreu em frente ao prédio da Justiça Federal, na Areinha, com trabalhadores, estudantes e integrantes de movimentos sociais de todo o Estado.
O julgamento marcado para hoje está contaminado pela disputa política existente no país, no qual o objetivo central é condenar Lula sem provas para tirá-lo da disputa eleitoral. Trata-se de um julgamento político nos marcos de um processo que fere direitos democráticos básicos. Não é uma novidade tal comportamento do judiciário brasileiro, mesmo após o fim da ditadura militar, ativistas, movimentos sociais, artistas, ambientalistas, sindicalistas e o povo pobre em geral sofre as injustiças dessa democracia dos ricos.
Qualquer condenação sem provas e/ou através de um julgamento onde juízes e assessores se manifestam publicamente emitindo opiniões políticas, expressa a politização do judiciário, assim defender direitos democráticos é uma tarefa e um princípio de toda esquerda. Estamos radicalmente contra as posições de organizações e políticos que cumprem um papel de peso no fortalecimento de iniciativas de direita com traços semi fascistas no país.
Essa posição não significa apoio eleitoral ou acordo com as posições de Lula e do PT. A Fasubra Sindical sempre manteve sua independência política diante de qualquer governo ou partido político, nos governos militares, Sarney, Collor, Itamar, FHC, durante os 13 anos de experiência com governos petistas e agora diante do governo ilegítimo de Temer , fizemos greves e lutas para defender direitos e ampliar conquistas, nunca fugimos da luta. Entendemos que o Brasil precisa de uma alternativa que aponte um programa de enfrentamento com o capital, sem alianças com golpistas, que governe para os mais pobres e setores oprimidos, atacando os privilégios dos ricos e poderosos.